Ontem ouvi no rádio a noticia que o Morrisey está em conversações com a BBC e poderá vir a representar o Reino Unido na próxima edição do festival da Eurovisão.
Isto aconteceu depois de Morrisey ter manifestado o seu descontentamento em relação ao resultado que o seu país alcançou.
Por falar no festival da Eurovisão, há alguns anos atrás era um acontecimento social e talvez um dos mais importantes do ano. A família reunia-se nesse dia a ver na tv e cada um dava a sua opinião e escolhia a sua canção preferida.
E muitas vezes, aguardavam ansiosamente pelas votações e reclamavam com a pontuação que os outros países nos atribuíam.
A maior parte das vezes, a nossa canção ficava no fim da lista da classificação.
Há canções bonitas que não esquecemos, mesmo quando não vimos esses festivais porque ainda não tínhamos nascido ou porque éramos demasiado pequenos.
Como por exemplo, o “Sol de Inverno” com a Simone de Oliveira:
“Sonhos que sonhei
Onde estão
Horas que vivi
Quem as tem
De que serve ter coração
E não ter o amor de ninguém”
Ou “E depois do adeus” com o Paulo de Carvalho:
“Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer renasci”
Ou “Silêncio e tanta gente” com a Maria Guinot:
“Ás vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também um sim alegre ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão”
E tantas outras com o Fernando Tordo, José Cid, Carlos Paião, Armando Gama, etc…. Foi mais uma época de glória em que tentámos acreditar em nós e no nosso país.
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
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