Na minha família não somos muito faladores. O meu avô era um homem de poucas palavras e o meu pai também.
Por vezes sinto-me deslocada quando escuto as conversas de colegas minhas que parecem ter sempre um assunto para falar. Penso que elas também olham para mim como se eu fosse uma ovelha negra que degenerou.
Tenho dias em que não tenho mesmo nada interessante para dizer. Tenho a certeza que era capaz de passar esses dias sem verbalizar qualquer palavra.
Sempre preferi ouvir os outros. Gosto de ouvir as vozes, olhar para as bocas e gestos.
E gosto das palavras escritas ou lidas.
Gosto das palavras que me transportam para uma realidade completamente diferente da minha. Gosto de senti-las, viajar com elas e perder-me nelas.
sexta-feira, 27 de março de 2009
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