Fico revoltada quando penso no pouco tempo que me resta para fazer as pequenas coisas que me dão prazer, para dedicar às pessoas de quem gosto e para lhes dar tudo o que eu gostaria.
Fico revoltada quando penso no preço que pagamos para termos a merda do dinheiro.
Fico triste quando penso o quanto tu merecias ser feliz e não és.
Fico mesmo chateada quando penso em todas as regras que nos são impostas.
Fico lixada quando apontam o dedo aqueles que vivem de forma diferente e tentam viver uma vida muito mais verdadeira.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
When love comes to town
O sonho é meu. O sonho é teu.
As palavras saiem da minha boca em forma de beijo.
Nos meus olhos consegues adivinhar o que me vai na alma.
Os meus olhos acreditam nos teus.
Os minutos passam vertiginosamente quando viajamos juntos.
Uma viagem cheia de poemas de amor cuja razão se desconhece.
Fico a arder numa vontade de ter.
Quero ser.
O sonho é nosso.
As palavras saiem da minha boca em forma de beijo.
Nos meus olhos consegues adivinhar o que me vai na alma.
Os meus olhos acreditam nos teus.
Os minutos passam vertiginosamente quando viajamos juntos.
Uma viagem cheia de poemas de amor cuja razão se desconhece.
Fico a arder numa vontade de ter.
Quero ser.
O sonho é nosso.
sábado, 26 de setembro de 2009
Fogo fátuo
São os vampiros que me rondam à noite. Olham-me sem serem vistos.
Desejam sugar-me. Querem rejuvenescer e envelhecer-me.
Leio-lhes as palavras. Ouço as vozes.
As palavras, eu sei que mentem.
Sinto-lhes a respiração nos meus ouvidos.
Mostrem-se, quero a verdade.
E eles escondem-se.
Como te chamas?
Desejam sugar-me. Querem rejuvenescer e envelhecer-me.
Leio-lhes as palavras. Ouço as vozes.
As palavras, eu sei que mentem.
Sinto-lhes a respiração nos meus ouvidos.
Mostrem-se, quero a verdade.
E eles escondem-se.
Como te chamas?
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Saliva
Um rapaz e uma rapariga, ambos funcionários do Metro, conversavam à entrada da estação do Parque. Passei por eles, olhei e ouvi apenas umas duas frases que ela dizia.
Ela descrevia a confecção de um cozinhado que tinha feito. Ele olhava para ela e babava-se deliciando-se com tamanha iguaria.
Ela descrevia a confecção de um cozinhado que tinha feito. Ele olhava para ela e babava-se deliciando-se com tamanha iguaria.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
We have all the time in the world
Agarra o tempo.
Foge do tempo.
Engana o tempo.
Apaga o tempo.
Pára o tempo.
Mata o tempo.
Inventa o tempo.
Vive o tempo.
Foge do tempo.
Engana o tempo.
Apaga o tempo.
Pára o tempo.
Mata o tempo.
Inventa o tempo.
Vive o tempo.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
(Are you) The one that i've been waiting for?
Ainda um dia hei-de amar novamente.
Hei-de ficar a olhar para ti incessantemente.
Hei-de estremecer quando te aproximares de mim.
Hei-de ficar sem apetite.
Hei-de ficar com um sorriso parvo.
Hei-de desejar ver-te todos os dias.
E hei-de ficar colada a ti.
Hei-de ficar a olhar para ti incessantemente.
Hei-de estremecer quando te aproximares de mim.
Hei-de ficar sem apetite.
Hei-de ficar com um sorriso parvo.
Hei-de desejar ver-te todos os dias.
E hei-de ficar colada a ti.
sábado, 19 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Strangelove
Quase todas as noites antes de adormecer diz baixinho: Amo-te.
Como não está mais ninguém na cama, pergunta a si própria a quem se dirige esse amor.
A alguém que conhece? A si própria? Ou a um desconhecido?
Como não está mais ninguém na cama, pergunta a si própria a quem se dirige esse amor.
A alguém que conhece? A si própria? Ou a um desconhecido?
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
One
Tenho a certeza que isto pode acontecer. Aconteceu-me a mim.
Não encontrei o amor. Mas encontrei um amigo numa curta viagem de metro.
Felizmente não o perdi para sempre entre a multidão.
E o nome dele, guardo-o no meu coração.
Não encontrei o amor. Mas encontrei um amigo numa curta viagem de metro.
Felizmente não o perdi para sempre entre a multidão.
E o nome dele, guardo-o no meu coração.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Is this what they used to call love?
Lá está ele enfeitiçado. Só pensa nela desde que acorda até adormecer profundamente e continuar a sonhar com ela ao ponto de não saber o que é um sonho ou real.
Gosta mesmo de ver o sorriso dela.
Adora contrariá-la e argumentar contra tudo o que ela diz para depois poder vê-la zangada e observar todos os gestos que ela faz.
Ele que pregava tanto sobre a sua liberdade para fazer o que lhe apetecia, já nem se lembra disso.
Agora só quer fazer o que apetecer aos dois, sem nunca descurar a opinião dela. Se for preciso até deixa de fazer o que fazia habitualmente só para estar ao lado dela.
Aposto que hoje o seu último pensamento antes de adormecer vai ser:
Ai, o que eu faria por amor…
Gosta mesmo de ver o sorriso dela.
Adora contrariá-la e argumentar contra tudo o que ela diz para depois poder vê-la zangada e observar todos os gestos que ela faz.
Ele que pregava tanto sobre a sua liberdade para fazer o que lhe apetecia, já nem se lembra disso.
Agora só quer fazer o que apetecer aos dois, sem nunca descurar a opinião dela. Se for preciso até deixa de fazer o que fazia habitualmente só para estar ao lado dela.
Aposto que hoje o seu último pensamento antes de adormecer vai ser:
Ai, o que eu faria por amor…
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
New life
- Já pensaste em mudar de vida?
- Sim, já pensei.
- Duvido que conseguisses mudar a tua rotina.
- Porque dizes isso?
- Porque até ao fim-de-semana quando não trabalhas, tenho constatado que vais aos mesmos sítios, fazes sempre o mesmo e quase sempre às mesmas horas.
- Sim, já pensei.
- Duvido que conseguisses mudar a tua rotina.
- Porque dizes isso?
- Porque até ao fim-de-semana quando não trabalhas, tenho constatado que vais aos mesmos sítios, fazes sempre o mesmo e quase sempre às mesmas horas.
domingo, 13 de setembro de 2009
If there's such a thing as love
Os homens e as mulheres andam carentes. Sentem o tempo a passar. Voltam sozinhos para casa. Passam dias sem um beijo ou um abraço.
O lugar ao lado na cama está consecutivamente vazio. A solidão anda disfarçada e o hábito vence.
Lêem-se livros, ouvem-se musicas, vêem-se filmes, bebem-se copos.
Um dia cruza-se um olhar ou um sorriso e pouco mais.
Depois existem os desencontros e os trambolhões.
E o amor está em vias de extinção.
O lugar ao lado na cama está consecutivamente vazio. A solidão anda disfarçada e o hábito vence.
Lêem-se livros, ouvem-se musicas, vêem-se filmes, bebem-se copos.
Um dia cruza-se um olhar ou um sorriso e pouco mais.
Depois existem os desencontros e os trambolhões.
E o amor está em vias de extinção.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
J'adore la campagne
Hoje foi um dia bastante surpreendente.
Uma das últimas surpresas que tive foi o facto de ter recebido um sms em francês.
Ia de metro e fiquei com um sorriso rasgado que durou o resto da viagem, continuou quando passei o cartão para sair da estação do colégio militar, até sair para a rua e ver em frente um cartaz com a cara do Paulo Portas.
Uma das últimas surpresas que tive foi o facto de ter recebido um sms em francês.
Ia de metro e fiquei com um sorriso rasgado que durou o resto da viagem, continuou quando passei o cartão para sair da estação do colégio militar, até sair para a rua e ver em frente um cartaz com a cara do Paulo Portas.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
É um jogo
A boneca colada começou a andar.
Tropeça, cai e levanta-se.
Olha para trás e ri.
A boneca colada não se pode sentar.
A boneca colada tem uma perna de pau.
Equilibra-se nela e caminhar devagar.
A boneca colada não tem braços.
E já imaginou como será dar um abraço.
A boneca colada tem um vestido branco triste e uma touca.
E gostava de ter um vestido colorido.
A boneca colada quer ser livre.
Tirar a touca e soltar o cabelo
Sentir o vento e deixar-se ir.
A boneca colada parece muda e frágil.
Mas a boneca colada não tem medo de nada.
A boneca colada tem um sonho.
Como é muda não o conta a ninguém.
Nunca vai desistir de andar.
Até um dia o apanhar.
Tropeça, cai e levanta-se.
Olha para trás e ri.
A boneca colada não se pode sentar.
A boneca colada tem uma perna de pau.
Equilibra-se nela e caminhar devagar.
A boneca colada não tem braços.
E já imaginou como será dar um abraço.
A boneca colada tem um vestido branco triste e uma touca.
E gostava de ter um vestido colorido.
A boneca colada quer ser livre.
Tirar a touca e soltar o cabelo
Sentir o vento e deixar-se ir.
A boneca colada parece muda e frágil.
Mas a boneca colada não tem medo de nada.
A boneca colada tem um sonho.
Como é muda não o conta a ninguém.
Nunca vai desistir de andar.
Até um dia o apanhar.
domingo, 6 de setembro de 2009
Mudar de vida
Amanhã prometo que me levanto cedo.
Amanhã prometo que vou dar um novo rumo à minha vida.
Vou ouvir a musica aleatoriamente e olhar para as pessoas que viajam comigo no mesmo metro.
Vou regressar ao trabalho com vontade de dizer bom dia.
À hora de almoço vou deliciar-me a comer uma salada na esplanada do Picoas Plaza acompanhada ou sozinha mas com a companhia de alguns pardais.
Amanhã vou deixar de ser nova.
Amanhã vou ter quarenta e um anos.
A partir de amanhã vou usá-los de uma forma inteligente.
Amanhã vai ser a minha rentrée.
Amanhã prometo que vou dar um novo rumo à minha vida.
Vou ouvir a musica aleatoriamente e olhar para as pessoas que viajam comigo no mesmo metro.
Vou regressar ao trabalho com vontade de dizer bom dia.
À hora de almoço vou deliciar-me a comer uma salada na esplanada do Picoas Plaza acompanhada ou sozinha mas com a companhia de alguns pardais.
Amanhã vou deixar de ser nova.
Amanhã vou ter quarenta e um anos.
A partir de amanhã vou usá-los de uma forma inteligente.
Amanhã vai ser a minha rentrée.
sábado, 5 de setembro de 2009
Estou além
Gostava de voar até à tua cidade.
Gostava de ser invisível.
Entrava em tua casa.
Estavas deitado na cama.
Deitava-me ao teu lado e adivinhava-te os pensamentos.
Fazia-te festas no cabelo e abraçava-te.
Depois levava-te ao telhado onde estava o nosso balão.
Voava contigo outra vez.
Tu escolhias a musica.
Íamos ao sabor do vento.
Perdíamos a noção do tempo.
E já não te sentias só.
Gostava de ser invisível.
Entrava em tua casa.
Estavas deitado na cama.
Deitava-me ao teu lado e adivinhava-te os pensamentos.
Fazia-te festas no cabelo e abraçava-te.
Depois levava-te ao telhado onde estava o nosso balão.
Voava contigo outra vez.
Tu escolhias a musica.
Íamos ao sabor do vento.
Perdíamos a noção do tempo.
E já não te sentias só.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Penso que penso
Estava com a minha amiga que gosta de se divertir e viver o agora. Ela é uma mulher bem disposta e que me faz rir. Conversávamos as duas quando chega outra amiga minha mal disposta e determinada a contrariar-nos. Ela tem a mania que é racional e começou a interrogar-nos e a perguntar onde nós queríamos chegar. A lado nenhum, respondemos.
Vocês não fazem nada de jeito, ripostou.
E tu, olha bem para ti. Tu que pensas bem em tudo antes de agir, pensas em todas as consequências, não fazes nada. Nem nunca te vi alegre, disse a minha amiga divertida.
Deixei-as a falarem as duas e comecei a ler. Eram umas 2h da manhã, apaguei a luz. Ainda as ouvia falar mas estava com sono e adormeci.
Logo de manhã, fui acordada com o toque da campainha.
Ainda por cima, estava no meio de um sonho muito bom. Fui abrir a porta aborrecida com tal interrupção e entra de rompante a minha amiga neura.
Oh não, esta é que não, pensei.
Infelizmente, eu sei que no dia em que ela aparece, não me larga.
Vocês não fazem nada de jeito, ripostou.
E tu, olha bem para ti. Tu que pensas bem em tudo antes de agir, pensas em todas as consequências, não fazes nada. Nem nunca te vi alegre, disse a minha amiga divertida.
Deixei-as a falarem as duas e comecei a ler. Eram umas 2h da manhã, apaguei a luz. Ainda as ouvia falar mas estava com sono e adormeci.
Logo de manhã, fui acordada com o toque da campainha.
Ainda por cima, estava no meio de um sonho muito bom. Fui abrir a porta aborrecida com tal interrupção e entra de rompante a minha amiga neura.
Oh não, esta é que não, pensei.
Infelizmente, eu sei que no dia em que ela aparece, não me larga.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
This is a weeping song I
Imagino-te a reviver tudo outra vez.
Outra vez o telefone a tocar e a notícia fria e cruel.
Uma viagem cheia de silêncios, pensamentos e lágrimas caladas.
E o medo que se sente. E o chão a fugir.
E a paisagem a passar nos teus olhos enquanto conduzes.
E as perguntas: Porquê ou para quê?
E o chegar e ver que é verdade.
E as palavras que dizem e que se ouvem tão longe.
E o burburinho.
E depois a noite e o receio de adormecer.
E o acordar e não querer acreditar.
E a dor, a perda e o momento em que se encerra uma vida.
O silêncio ensurdecedor.
Outra vez o telefone a tocar e a notícia fria e cruel.
Uma viagem cheia de silêncios, pensamentos e lágrimas caladas.
E o medo que se sente. E o chão a fugir.
E a paisagem a passar nos teus olhos enquanto conduzes.
E as perguntas: Porquê ou para quê?
E o chegar e ver que é verdade.
E as palavras que dizem e que se ouvem tão longe.
E o burburinho.
E depois a noite e o receio de adormecer.
E o acordar e não querer acreditar.
E a dor, a perda e o momento em que se encerra uma vida.
O silêncio ensurdecedor.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
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