sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Come home
Estive a contar as casas em que vivi desde que nasci. Foram dez.
Tenho recordações de todas, excepto da primeira onde nasci e vivi poucos meses.
Era uma pequena vivenda e a parte detrás da casa ficava encostada à linha de comboio.
Gostava de saber como seria viver ali e ouvir todos os dias os comboios que ligam duas importantes cidades da minha vida.
Tenho recordações de todas, excepto da primeira onde nasci e vivi poucos meses.
Era uma pequena vivenda e a parte detrás da casa ficava encostada à linha de comboio.
Gostava de saber como seria viver ali e ouvir todos os dias os comboios que ligam duas importantes cidades da minha vida.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Estamos vivos
Existem memórias muito bem guardadas.
Existem pessoas que fazem parte delas.
Existem acontecimentos que as fazem acordar.
Existem reencontros que despertam as emoções.
Existimos nós.
Existem pessoas que fazem parte delas.
Existem acontecimentos que as fazem acordar.
Existem reencontros que despertam as emoções.
Existimos nós.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Ces petits riens
Dantes havia tempo.
Dantes existia o ontem, hoje e amanhã.
Dantes, o homem e a mulher conheciam-se devagar.
Dantes namoravam.
Dantes faziam amor.
Dantes eles sabiam o que eram um para o outro.
Dantes sonhavam, riam e choravam juntos.
Dantes amavam.
Dantes existia o ontem, hoje e amanhã.
Dantes, o homem e a mulher conheciam-se devagar.
Dantes namoravam.
Dantes faziam amor.
Dantes eles sabiam o que eram um para o outro.
Dantes sonhavam, riam e choravam juntos.
Dantes amavam.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
26
Hoje ias ver o jogo com uma das tuas equipas verde e branca. Hoje ias ligar-me e eu ia dizer-te que estou cansada, que não tenho tempo e que ia ver o jogo aos bocadinhos.
Hoje ias gritar golo.
Hoje ia escrever-te uma dedicatória atrás de uma fotografia e provavelmente escrevia uma carta curta e enviava-te pelo correio. Quando olhasses para a fotografia ias ficar contente por veres um rapazinho já crescido e que já anda na natação como tu gostavas.
Querias muito ter um neto. E tiveste.
Ele fala em ti para nunca te perdermos. E orgulha-se das medalhas que deixaste. Diz que tu e ele chegaram sempre em primeiro lugar no passeio avós e netos.
Hoje ias gritar golo.
Hoje ia escrever-te uma dedicatória atrás de uma fotografia e provavelmente escrevia uma carta curta e enviava-te pelo correio. Quando olhasses para a fotografia ias ficar contente por veres um rapazinho já crescido e que já anda na natação como tu gostavas.
Querias muito ter um neto. E tiveste.
Ele fala em ti para nunca te perdermos. E orgulha-se das medalhas que deixaste. Diz que tu e ele chegaram sempre em primeiro lugar no passeio avós e netos.
sábado, 25 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
O despertar
Acordou naquele momento em que já não é noite e ainda não é dia.
Acordou dos sonhos obscuros e cheios de segredos do subconsciente.
Abriu os olhos e deixou-se ficar colado à cama. Lembrou-se quem era e da vida que tinha.
Continuava a debater-se com o seu eu, de que não gostava. Não conseguia adaptar-se ao mundo em que vivia.
Já tinha pensado em deixar tudo. Vendia a casa e o carro. Deixava a cidade, o emprego, a família e os amigos.
Já imaginou ir para um país longínquo, levar o pouco dinheiro que tinha e começar do zero. Gostava de aprender com um povo mais espiritual e deixar esta sociedade materialista.
Sentimentalmente, não se sentia preso a ninguém. Não tinha nenhum compromisso. Tinha apenas uma lista de mulheres, que foi coleccionando ao longo dos anos. Nunca amou. Nunca sentiu vontade de ficar com uma mulher para sempre. Teve umas paixões mas duraram pouco. Ao fim de algum tempo, aborrecia-se e já nada fazia sentido.
A família que tinha era o pai e os irmãos. Via-os poucas vezes. Não existia um elo de ligação forte entre eles. Todos viviam e sobreviviam à sua maneira. Era muito apegado à mãe, mas ela já tinha morrido há 5 anos e já se tinha habituado à sua ausência.
Continuava a ir pôr flores regularmente ao cemitério e falava sozinho sentado ao lado da campa. Já lhe tinha contado que um dia se ia embora. Pensou que a mãe ia compreender. Ele sempre foi o filho mais estranho, diferente e sensível.
Começou a ouvir alguns pássaros a cantar no parque ao pé da sua casa. Amanheceu.
O momento mágico entre a noite e o dia, acabou.
Acordou dos sonhos obscuros e cheios de segredos do subconsciente.
Abriu os olhos e deixou-se ficar colado à cama. Lembrou-se quem era e da vida que tinha.
Continuava a debater-se com o seu eu, de que não gostava. Não conseguia adaptar-se ao mundo em que vivia.
Já tinha pensado em deixar tudo. Vendia a casa e o carro. Deixava a cidade, o emprego, a família e os amigos.
Já imaginou ir para um país longínquo, levar o pouco dinheiro que tinha e começar do zero. Gostava de aprender com um povo mais espiritual e deixar esta sociedade materialista.
Sentimentalmente, não se sentia preso a ninguém. Não tinha nenhum compromisso. Tinha apenas uma lista de mulheres, que foi coleccionando ao longo dos anos. Nunca amou. Nunca sentiu vontade de ficar com uma mulher para sempre. Teve umas paixões mas duraram pouco. Ao fim de algum tempo, aborrecia-se e já nada fazia sentido.
A família que tinha era o pai e os irmãos. Via-os poucas vezes. Não existia um elo de ligação forte entre eles. Todos viviam e sobreviviam à sua maneira. Era muito apegado à mãe, mas ela já tinha morrido há 5 anos e já se tinha habituado à sua ausência.
Continuava a ir pôr flores regularmente ao cemitério e falava sozinho sentado ao lado da campa. Já lhe tinha contado que um dia se ia embora. Pensou que a mãe ia compreender. Ele sempre foi o filho mais estranho, diferente e sensível.
Começou a ouvir alguns pássaros a cantar no parque ao pé da sua casa. Amanheceu.
O momento mágico entre a noite e o dia, acabou.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Changes
Os tempos mudaram e é com algum pesar que constato que com quarenta anos sou mais assediada do que quando tinha vinte ou trinta.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Efémero
Devias desistir de mim. Afinal, o que tenho para te dar é muito pouco.
Não existe continuação entre um dia e o outro mais além.
Não existe, o futuro.
Os momentos passam tão depressa que nem sabemos bem se foram vividos.
Não esperes nada de mim.
Se quiseres, podes ter tudo.
Eu sou o nada.
Não existe continuação entre um dia e o outro mais além.
Não existe, o futuro.
Os momentos passam tão depressa que nem sabemos bem se foram vividos.
Não esperes nada de mim.
Se quiseres, podes ter tudo.
Eu sou o nada.
domingo, 19 de outubro de 2008
Sensações LX
Noite no Maxime...
No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira,
um céu aberto,
janela debruçada para a vida.
No teu poema
existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura,
e aberta, uma varanda para o mundo.
Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaço do corpo que adormece em cama fria.
Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonhos inquietos de quem falha.
No teu poema
existe um canto chão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.
Existe um rio
o canto em vozes juntas, vozes certas
Canção de uma só letra e um só destino
a embarcar no cais da nova nau das descobertas
Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte
No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.
Escrito por José Luis tinoco e cantado pela Simone de Oliveira
sábado, 18 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
O feitiço da lua
A lua não me deixa dormir.
Acorda-me o corpo que teima em resistir ao cansaço dos anos.
A mente perde-se em sonhos impossíveis e a imaginação fica mais fértil e assustadora.
Leva-me a sítios que eu nunca vi e faz-me acreditar no impensável.
Em areias movediças enterro-me.
E ninguém pode salvar-me.
Acorda-me o corpo que teima em resistir ao cansaço dos anos.
A mente perde-se em sonhos impossíveis e a imaginação fica mais fértil e assustadora.
Leva-me a sítios que eu nunca vi e faz-me acreditar no impensável.
Em areias movediças enterro-me.
E ninguém pode salvar-me.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Corpo são I
Hoje, na aula de yoga, em alguns exercícios, a professora disse-nos para colocarmos a pélvis para a frente.
Ninguém se lembrou que a pélvis e a libido são amigas.
Ninguém se lembrou que a pélvis e a libido são amigas.
domingo, 12 de outubro de 2008
the first kiss
Aquele beijo intenso poderá durar vários dias, até que me dispas e descubras tudo o que é visível em mim.
Depois sem prestares mais atenção, com o desejo saciado, descolas a tua boca da minha.
Depois sem prestares mais atenção, com o desejo saciado, descolas a tua boca da minha.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Confusões com deuses
- Gostas de Deus?
- Se eu gosto de Deus? Já sabes que não acredito...
- Não. Estava a olhar para aqueles cartazes. É dEUS.
- Ah. Não curto muito.
- Se eu gosto de Deus? Já sabes que não acredito...
- Não. Estava a olhar para aqueles cartazes. É dEUS.
- Ah. Não curto muito.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Sometimes it hurts
Era mais fácil, olhos nos olhos.
Era mais fácil, se a distância fosse curta.
Era mais fácil, se não existisse a ilusão e a desilusão.
Era mais fácil, se não existisse dor.
Era mais fácil, dizer sim ou talvez.
Era mais fácil, acreditar sem questionar.
Era mais fácil, não ter memória.
Era mais fácil, não perder.
Era mais fácil, o arrependimento.
Era mais fácil, conseguir amar.
Era mais fácil, se a distância fosse curta.
Era mais fácil, se não existisse a ilusão e a desilusão.
Era mais fácil, se não existisse dor.
Era mais fácil, dizer sim ou talvez.
Era mais fácil, acreditar sem questionar.
Era mais fácil, não ter memória.
Era mais fácil, não perder.
Era mais fácil, o arrependimento.
Era mais fácil, conseguir amar.
sábado, 4 de outubro de 2008
Sensações LVI
Let's dance - David Bowie
O meu primeiro namorado trouxe-me este vinil de Paris. Hoje, passados muitos anos, não tenho uns sapatos vermelhos, mas talvez vá dançar...
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
The great escape
- Estou a precisar de fazer um restart à minha pessoa.
- Um restart não. Um shut down.
- Não. Com um shut down morria. E eu ainda quero viver.
- Bem, então posso aconselhar-te um logoff e entras com um novo user.
- Novo user? Não. Eu quero continuar a ser eu. O restart é o ideal.
- Um restart não. Um shut down.
- Não. Com um shut down morria. E eu ainda quero viver.
- Bem, então posso aconselhar-te um logoff e entras com um novo user.
- Novo user? Não. Eu quero continuar a ser eu. O restart é o ideal.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Shame on you
Sobre uma tal Ana de Amsterdam que anda a conspurcar a blogosfera...
Dá-me vómitos pensar que existem pessoas com tão pouca educação e falta de respeito pelos outros como se vê aqui e aqui também.
Ela sim é uma verdadeira cabra e ela sim, devia ser capada. É uma boa altura, agora que já pariu.
E devia deixar de ver o sol que ela chama de ordinário.
Dá-me vómitos pensar que existem pessoas com tão pouca educação e falta de respeito pelos outros como se vê aqui e aqui também.
Ela sim é uma verdadeira cabra e ela sim, devia ser capada. É uma boa altura, agora que já pariu.
E devia deixar de ver o sol que ela chama de ordinário.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
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