"A minha alma partiu-se como um vaso vazio"
Sinto uma dor que me consome e um vazio invade a minha alma.
Foi tudo tão rápido. Foram tantos abraços, tantas lágrimas, palavras sentidas, olhares doridos. Ouvi tantas histórias…
Conheci muitas pessoas, revi outras que pareciam estar já perdidas no tempo.
Sinto que cresci, cresci muito.
O meu sorriso desapareceu. Estou atordoada, partida, perdida.
Sinto-me culpada.
É muito cedo para ficar sem ti. Talvez seja sempre cedo…
Desculpa a minha ausência. Não estava ao pé de ti. Estavas tão sozinho mas estávamos muito mais próximos nos últimos dias e mostraste-me o teu amor.
Não sei como vou viver sem ti.
Eras a minha companhia quando te ligava ao fim do dia depois de sair do trabalho.
A quem vou ligar agora? E a tua voz? Tenho saudades da tua voz.
Vou sentir a falta do teu colo. Sentia-me ainda a tua menina. Acho que ela também partiu não sei para onde com o seu encanto e o brilho nos olhos.
Talvez agora seja já uma mulher que aprendeu uma lição em dois dias. Dois longos e rápidos dias em que me lembrei de tantos momentos que passámos juntos, em que te agradeci e te pedi perdão e em que te perdi para sempre.
domingo, 28 de janeiro de 2007
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5 comentários:
Olá, minha amiga.
Há já um tempo, eu tinha recebido a notícia de que alguém muito próximo, mas num outro continente, tinha morrido também.
O que mais me doeu era o "não ter estado lá" e demorei muito a digerir e, mesmo, a sentir ou expressar tudo o que me passava pela alma.
Como sempre, não transparecí nada e nem comentei nada com a minha família ou amigos. Até que um dia, tres semanas depois, pensando nesta pessoa enquanto esperava algo na TV, o que eu iria ver não passou e foi substituido por uma série, que eu também via, mas por engano, foi ao ar no "dia errado" e na "hora errada" . E, por intermédio do episódio, esta pessoa me permitiu passar o que eu não tive oportunidade de passar com ela. Analisando depois, friamente, eu sei que é impossível. Mas não foi o que eu sentí, sentado no sofá, às 3 da manhã de uma noite fria. Foi forte, foi vívido, foi difícil e necessário.
Procurei na Net (vantagens do tempo interessante em que vivemos) e encontrei o clímax do episódio no YouTube ( < http://www.youtube.com/watch?v=77VBBU1RNWo >).
É estranho. Nos convencemos que o "Caos" em que vivemos e a aparente falta de sentido que nos assalta sempre que olhamos em qualquer direção é a norma desta nossa existência. A vida nos atropela e põe por terra todas as coisas que tomamos como certas e nos arranca pela raíz tudo aquilo que nos define ou nos dá um "sentido".
E, por coincidência ou sem razão aparente, algo acontece e nos convence que existe uma razão inerente a tudo, uma "ordem" a qual não alcançamos. É só por um momento, um pequeno flash que nos abana por dentro e nos dá a coragem de continuar.
Quando olhamos para trás só as coisas boas e os bons momentos é que nos tocam e são revividos. Os maus momentos são feridas que, com o tempo e com os cuidados necessários, cicatrizam. Marcam, não nos deixam esquecer, mas fazem parte. A dor, atenua com o tempo. Se assim não fosse as mães não teriam segundos filhos...
Cuida de tí, não fica sozinha, cuida dos que te são queridos e lembra sempre, sempre o que de bom o teu pai viveu com vocês. Lembra de quando se era criança e um beijo da mãe ou do pai curava até braço quebrado? Isto é amor e amor não acaba nunca.
Fica bem.
Enganas-te...nunca perdemos as pessoas de quem realmente gostamos, essas caminharão para sempre ao nosso lado e estarão igualmente sempre presentes na nossa memória e no nosso coração...
um abraço muito grande...
Maninha, espero que a perca do pai não altere em nada a tua forma de estar, a não ser que seja no sentido positivo, pois acho que isso era o que ele e todos aqueles que gostam de ti pretendem… que evoluas. Não mudes, mas sim evolui! Beijos sentidos.
É engraçado essa pergunta do agora para quem ligo? Eu também senti isso....e sabes o que descobri? Continuei a ligar ("telefonar")´, só que agora já não precisava do telefone, precisava sim de determinados locais, como por exemplo junto do mar, que era ai que eu achava que alguem estava, está e estará! Beijo grande para ti.
Amiga,
Ajudou-me muito...., e compartilho contigo..
Assim se alguém que nos amamos muito morre..., e se essa pessoa foi boa em vida que mereceu transformar-se numa estrela, ela continua, aqui de cima a ver-nos lá na terra?
- Sim continua... E toma conta de nós?
- Não ela não pode tomar conta dos vivos, so vê-los e ouvi-los.
- Mas se falarmos com essa pessoa morte, ela ouve-nos?
- Sim.. E la sentada sentada na sua estrela...Não própria pessoa é uma estrela..
- E sofre quando quando sabe que vamos morrer também?
- Não não sofre porque ao contrario dos vivos a estrela sabe que a morte não é o fim de tudo, é apenas o fim da passagem pelo mundo dos vivos. Então, a morte não é o fim de tudo?
- É o fim de tudo o vocês conhecem hoje, mas não é o fim de tudo o que existe. Há muito mais coisas no universo do que os vivos imaginam -
De - "O Planeta Branco" de Miguel Sousa Tavares
Tudo de bom
António Ornelas
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