terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Estamos vivos

Hoje quando saiu do trabalho e entrou no carro, há medida que ia conduzindo começou a pensar nele. Ultimamente pensava pouco nele. O tempo passava a um ritmo alucinante e talvez ela também se sentisse mais feliz. Assim tinha de dividir o seu tempo a pensar em mais pessoas importantes na sua vida. Ou será que já conseguia viver bem sem ele?
No entanto, hoje pensou nele e caiu uma lágrima do canto do olho esquerdo.
A lágrima secou, continuou a pensar nele e desejou falar com ele.
Apesar de saber que ele não ia atender, desejou muito, até que num acto impulsivo ligou para o número dele. Apareceu a voz da mulher a dizer que ele agora era um cliente Optimus e a chamada não foi reencaminhada para as mensagens.
Ela estava mesmo disposta a deixar a sua mensagem no gravador e queria dizer tudo o que sentia naquele momento. Como não conseguiu, desta vez a quantidade de lágrimas a soltarem-se de ambos os olhos foi maior.
Continuou a conduzir. Limpou as lágrimas com a mão. Nesse momento estava a parar num semáforo vermelho, quando ouviu o chiar de uns pneus. Olhou para o espelho retrovisor e viu um carro atrás que vinha descontrolado.
PUM.
Saiu do carro e voltou tudo ao normal.

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