Hoje dizia a um amigo, que à medida que envelhecemos, os dias são quase iguais, a não ser que estejamos atentos a alguns pormenores.
Há alguns anos atrás, todos os dias eram uma novidade.
Talvez por hoje ter pensado neste assunto, fui surpreendida.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Já lá vem o João Pestana
A mãe está poucas horas com o filho. Ele cresce na escola, sem ela.
Ela vai buscá-lo, faz-lhe perguntas e tenta saber quem ele é.
Eles chegam a casa e a mãe dá-lhe o banho e o jantar.
Finalmente chega a hora mágica, em que a mãe e o filho são duas crianças.
A fantasia entra no quarto. As palavras e as canções também. Sonham juntos.
Vêm os mimos, cócegas e os segredos.
O tom de voz a murmurar.
A noite e os bons sonhos vão chegar.
- Gosto muito, muito, muito de ti.
Ela vai buscá-lo, faz-lhe perguntas e tenta saber quem ele é.
Eles chegam a casa e a mãe dá-lhe o banho e o jantar.
Finalmente chega a hora mágica, em que a mãe e o filho são duas crianças.
A fantasia entra no quarto. As palavras e as canções também. Sonham juntos.
Vêm os mimos, cócegas e os segredos.
O tom de voz a murmurar.
A noite e os bons sonhos vão chegar.
- Gosto muito, muito, muito de ti.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Conclusão VIII
Desde pequena, observo que a maioria dos homens consegue afirmar com convicção que certa história ou informação nunca lhes foi contada, quando as mulheres já a repetiram várias vezes.
Penso que não é do queijo. Alguns deles nem apreciam.
Decididamente, acho que os homens não ligam ao que as mulheres lhes dizem.
Penso que não é do queijo. Alguns deles nem apreciam.
Decididamente, acho que os homens não ligam ao que as mulheres lhes dizem.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Corpos cansados
Uma mulher com quarenta e tal anos de idade e com excesso de peso entrou no comboio e sentou-se à minha frente. Estava cansada e respirava com dificuldade.
Senti um forte cheiro a vinho. Passados alguns minutos levantou-se, disse que ia ao bar e pediu para eu olhar pelo saco dela.
Quando voltou, sentou-se e atendeu o telemóvel que tocou.
Os seus olhos ainda ficaram mais tristes e disse:
- Desculpa, desculpa, mas não consigo.
Desligou e começou a chorar.
O telemóvel tocou mais algumas vezes e ela não atendeu.
Estava com os olhos inchados. Fechou-os e adormeceu.
Fiquei a pensar que ela não era a única.
Há demasiadas pessoas que não conseguem...
Senti um forte cheiro a vinho. Passados alguns minutos levantou-se, disse que ia ao bar e pediu para eu olhar pelo saco dela.
Quando voltou, sentou-se e atendeu o telemóvel que tocou.
Os seus olhos ainda ficaram mais tristes e disse:
- Desculpa, desculpa, mas não consigo.
Desligou e começou a chorar.
O telemóvel tocou mais algumas vezes e ela não atendeu.
Estava com os olhos inchados. Fechou-os e adormeceu.
Fiquei a pensar que ela não era a única.
Há demasiadas pessoas que não conseguem...
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Conclusão VII
A comprar bilhetes para concertos com tanta antecedência, acho que vou fazer um testamento e nomear os possíveis herdeiros.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
É urgente fugir das urgências
- Posso ir lá fora um bocadinho?
- Claro que não. Não pode sair daqui enquanto a médica não lhe der alta.
- Alta? Mas eu estou internada?
- Para todos os efeitos está. Tem de esperar pela médica e pelo resultado dos exames.
- Sim, mas eu ia só lá fora e voltava.
- Fique deitadinha, quietinha e sossegadinha.
Com tantos diminutivos, ela ainda se sentiu mais presa e a sufocar.
Deitada olhava para cima e lia: oxigénio, vácuo e ar respirável.
Pois era mesmo isso que eu precisava. De ir lá fora respirar ar respirável, talvez com alguma poluição, mas sempre era melhor que estar aqui a olhar para estas paredes brancas, os ponteiros daquele relógio branco que parecem que não se mexem e todos estes aparelhos que me rodeiam. Lá está a enfermeira a olhar para mim pelo canto do olho. Está ali no computador, a carregar no rato. Aposto que está a jogar o solitário.
Eu quero é fugir.
- Posso ir à casa de banho?
- Mas sente-se bem para se levantar?
- Sim, sinto. Onde é a casa de banho?
- Eu levo-a lá. É aqui.
- Obrigada.
Finalmente, esta é a minha oportunidade para pensar numa fuga.
O que é isto? A porta não tranca? Porra, eles pensam em tudo.
Assim nem posso estar à vontade. Pode entrar aqui alguém.
Vou espreitar para ver se a enfermeira está lá fora.
Pois, lá está ela com o seu rabo grande.
Vou esperar mais um bocado.
Ah, estou a ouvir vozes. Vou espreitar outra vez.
A porta abriu-se.
- Desculpe. Não sabia que estava ocupada.
- Pois, estava. A porta não fecha.
- A menina já estava de saída. Venha lá comigo.
Lá vou eu outra vez. E a médica nunca mais chega.
E se ela disser que eu tenho de ficar aqui? Não posso. Tenho tantas coisas para fazer.
É mesmo impossível. Não posso.
- Claro que não. Não pode sair daqui enquanto a médica não lhe der alta.
- Alta? Mas eu estou internada?
- Para todos os efeitos está. Tem de esperar pela médica e pelo resultado dos exames.
- Sim, mas eu ia só lá fora e voltava.
- Fique deitadinha, quietinha e sossegadinha.
Com tantos diminutivos, ela ainda se sentiu mais presa e a sufocar.
Deitada olhava para cima e lia: oxigénio, vácuo e ar respirável.
Pois era mesmo isso que eu precisava. De ir lá fora respirar ar respirável, talvez com alguma poluição, mas sempre era melhor que estar aqui a olhar para estas paredes brancas, os ponteiros daquele relógio branco que parecem que não se mexem e todos estes aparelhos que me rodeiam. Lá está a enfermeira a olhar para mim pelo canto do olho. Está ali no computador, a carregar no rato. Aposto que está a jogar o solitário.
Eu quero é fugir.
- Posso ir à casa de banho?
- Mas sente-se bem para se levantar?
- Sim, sinto. Onde é a casa de banho?
- Eu levo-a lá. É aqui.
- Obrigada.
Finalmente, esta é a minha oportunidade para pensar numa fuga.
O que é isto? A porta não tranca? Porra, eles pensam em tudo.
Assim nem posso estar à vontade. Pode entrar aqui alguém.
Vou espreitar para ver se a enfermeira está lá fora.
Pois, lá está ela com o seu rabo grande.
Vou esperar mais um bocado.
Ah, estou a ouvir vozes. Vou espreitar outra vez.
A porta abriu-se.
- Desculpe. Não sabia que estava ocupada.
- Pois, estava. A porta não fecha.
- A menina já estava de saída. Venha lá comigo.
Lá vou eu outra vez. E a médica nunca mais chega.
E se ela disser que eu tenho de ficar aqui? Não posso. Tenho tantas coisas para fazer.
É mesmo impossível. Não posso.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Conclusão VI
- Não te vás embora assim.
- Porquê?
- Porque tenho a certeza que o destino nos juntou. Tantas coincidências...
Isto não aconteceu por acaso. Não reparaste nos sinais?
- Sim, claro que reparei. Quando vinha para aqui parei em todos os vermelhos.
- Porquê?
- Porque tenho a certeza que o destino nos juntou. Tantas coincidências...
Isto não aconteceu por acaso. Não reparaste nos sinais?
- Sim, claro que reparei. Quando vinha para aqui parei em todos os vermelhos.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Para ti
Eras um caso especial e tens um lugar secreto no meu coração...
Ofereceste-me este album.
Hoje vou lembrar-te com:
Joni Mitchell - My Secret Place
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
O grande amor do meu prédio
Adoro vê-los sempre juntos.
Parecem um só.
O respeito, a amizade, o amor.
Ele olha-me sempre com um sorriso.
Cumprimentamo-nos.
Perguntam-me como estamos.
Sinto um carinho misterioso por eles.
Acho-os tão bonitos.
Hoje segurei na porta do prédio para ela entrar.
Olhou para o papel na porta.
- Vêm cá ver as leituras do gás. Como é?
- Só contam os primeiros números a preto. Os números a vermelho desprezam-se.
- O meu marido é que tratava sempre disto.
Olhei para ela. Estremeci.
- Não.
- Sim, ele morreu.
- Não pode ser. Gostava tanto…
- Éramos namorados desde o tempo da escola.
Entrei em casa. Continuo a vê-los os dois, sempre juntos.
Parecem um só.
O respeito, a amizade, o amor.
Ele olha-me sempre com um sorriso.
Cumprimentamo-nos.
Perguntam-me como estamos.
Sinto um carinho misterioso por eles.
Acho-os tão bonitos.
Hoje segurei na porta do prédio para ela entrar.
Olhou para o papel na porta.
- Vêm cá ver as leituras do gás. Como é?
- Só contam os primeiros números a preto. Os números a vermelho desprezam-se.
- O meu marido é que tratava sempre disto.
Olhei para ela. Estremeci.
- Não.
- Sim, ele morreu.
- Não pode ser. Gostava tanto…
- Éramos namorados desde o tempo da escola.
Entrei em casa. Continuo a vê-los os dois, sempre juntos.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Sonho de uma noite de inverno
A sua cabeça no ombro dele, subia e descia
Ao ritmo da respiração
Vem, dizia ela
Sim, respondia
A pele tão macia, tocava
Os lábios beijam as costas
Um arrepio
O calor do Inverno
As mãos quentes
Agarram
Perdem a força
Continua presa
Tens de ir
Eu sei.
Ao ritmo da respiração
Vem, dizia ela
Sim, respondia
A pele tão macia, tocava
Os lábios beijam as costas
Um arrepio
O calor do Inverno
As mãos quentes
Agarram
Perdem a força
Continua presa
Tens de ir
Eu sei.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Ficar assim...
É lixado pensar que a tua vida é feita de muitos e pequenos hábitos. E parece que já te habituaste a gostar da tua rotina diária.
Até nos teus tempos livres, não varias muito. Gostas de ir aos mesmos locais onde te sentes bem e ficas-te por aí.
Olhas para as mesmas pessoas. Achas que gostas mais de umas do que outras, mas nem sabes explicar porquê.
Apetece-te respirar ar puro, apanhar sol e ir ver o mar.
Não entendes que o ar que respiras já está viciado? E o sol, ainda te aquece?
E o mar, acho que já nem o vês na realidade.
E naquela noite divertiste-te mas já passou.
E aquele beijo foi bom, mas não ficou.
E a conclusão do filme foi: “A felicidade só é verdadeira quando é partilhada”.
Até nos teus tempos livres, não varias muito. Gostas de ir aos mesmos locais onde te sentes bem e ficas-te por aí.
Olhas para as mesmas pessoas. Achas que gostas mais de umas do que outras, mas nem sabes explicar porquê.
Apetece-te respirar ar puro, apanhar sol e ir ver o mar.
Não entendes que o ar que respiras já está viciado? E o sol, ainda te aquece?
E o mar, acho que já nem o vês na realidade.
E naquela noite divertiste-te mas já passou.
E aquele beijo foi bom, mas não ficou.
E a conclusão do filme foi: “A felicidade só é verdadeira quando é partilhada”.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Sensações XII
Hoje quando atendi o telefone disseste o meu nome.
Acho que já não o fazias há vários anos...
Acho que já não o fazias há vários anos...
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Conversas com alma e coração
Já tenho saudades de falar com alguém que seja sincero comigo.
Alguém que fale sem medo, que não se interesse com o que vou pensar a seguir, se vou entender ou não.
Já tenho saudades de naturalmente responder a essa pessoa também com a minha alma e de lhe contar um segredo que quase ninguém sabe.
Já tenho saudades de olhar para alguém e sentir que ele é humano como eu.
Já tenho saudades da verdade.
Alguém que fale sem medo, que não se interesse com o que vou pensar a seguir, se vou entender ou não.
Já tenho saudades de naturalmente responder a essa pessoa também com a minha alma e de lhe contar um segredo que quase ninguém sabe.
Já tenho saudades de olhar para alguém e sentir que ele é humano como eu.
Já tenho saudades da verdade.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Sensações XI
Já há tanto tempo que não via um sabonete.
Foi mesmo bom entrar naquela casa de banho grande e bonita e lavar as mãos com aquele sabonete...
Foi mesmo bom entrar naquela casa de banho grande e bonita e lavar as mãos com aquele sabonete...
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Contradições
Gosto muito de ti, mas não te conheço.
Por isso mesmo, fico sem saber de quem é que eu gosto.
Por isso mesmo, fico sem saber de quem é que eu gosto.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Sensações X
Naquele dia quando ele a tocou, parecia a primeira vez. E não era.
Naquele dia quando ele a tocou, parecia a última. Mas não foi.
Naquele dia quando ele a tocou, parecia a última. Mas não foi.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
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