Ontem fui confrontada com a verdade, a resposta para tantas interrogações e contradições.
Senti-me pequena e só me apetecia ter o meu carro perto do trabalho para entrar nele e poder explodir.
Isso fez-me lembrar aqueles fins de tarde, há tantos anos atrás, em que saía do consultório de um psicólogo. Durante aproximadamente uma hora, ele vasculhava o meu íntimo, abria-me e voltava a fechar-me sem compaixão.
Quando descia aquela rua a pé, nem pensava que quem passasse por mim, ia ver-me a chorar. Simplesmente chorava porque estava a descobrir-me.
E sentia-me tão frágil, cansada e com vontade de desistir.
Hoje, quase com quarenta anos, sinto vergonha por concluir que afinal os mesmos fantasmas voltaram a aparecer e eu continuo a sentir-me insegura.
terça-feira, 20 de maio de 2008
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