Está sozinho em casa. A tristeza da separação corrói-lhe a alma. Pensa nela. Lembra-se do sorriso, do corpo, de cada pequeno gesto que ela fazia enquanto falava. Lembra-se das noites e das manhãs em que faziam amor e em que tinha a certeza que estariam juntos para sempre.
Agora quer chorar e não consegue. Mantém apenas aquele olhar vazio, que olha e nada vê. Ouve consecutivamente aquelas musicas tristes e sente-se a pessoa mais infeliz do mundo.
Os dias sucedem-se sempre iguais. Levanta-se com grande esforço para ir trabalhar. Não lhe acontece nada de novo. Ele não quer, nem permite. A qualquer sinal de perigo, afasta-se e refugia-se no seu esconderijo onde sabe que está protegido.
Assim continuará a desfrutar da sua tristeza sem interrupções. Assim, os dias continuarão cinzentos ou negros, apesar do sol lá fora.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
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