quarta-feira, 15 de abril de 2009

Destila ódio

Sente-se deveras lixado por ela não lhe ligar. Aliás ninguém imagina a raiva que sente por tal rejeição. Já foi há tanto tempo que ela lhe disse que podiam ser apenas amigos. Mas ele não queria a amizade dela. Ele é daqueles homens muito machos que não vê as mulheres como amigas. Jamais pensou ter uma amiga.
Fica revoltado por imaginar que ela é feliz sem ele. Fica deveras despeitado e nunca lhe perdoou o facto de ela não o querer da forma que ele deseja.
Já pensou em seguir todos os passos que ela dá, armar-se em detective e saber tudo o que ela faz.
Já teve tanta vontade de agarrá-la e prendê-la e dizer-lhe:
- Agora és minha!
A maior raiva que sente é consigo próprio por ser tão cobarde. Todos os dias envia-lhe cartas anónimas a insultá-la. No início ela lia as cartas dele. Sentia-se magoada com as palavras que lia e nem imaginava porque alguém poderia sentir tanta raiva por ela.
Depois deixou de abrir as cartas. Rasga-as sem ler.
Mas afinal o que é que isto interessa?
E ela responde:
- Nada.

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