Não cries ilusões.
A tua juventude já se foi.
De manhã olhas para o espelho.
E sim, és tu.
Já não dá para disfarçar.
São as marcas do tempo.
Não sintas o que já não és.
De que te serve dançar.
Tira esse sorriso parvo.
Jamais conseguirás a satisfação.
Porque o amor morreu.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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4 comentários:
Num mundo com não sei quantos milhões de anos não consigo ver onde é que a juventude já foi! Onde é que está a ser criada a ilusão quando se diz que a juventude já foi? ;) Ah, e dançar, de acordo com o anuncio, serve para queimar calorias, faz bem à saúde ;)
A partir de uma certa idade a juventude é um estado passageiro :)
Se alguém definir o "eu" como um momento fixo no espaço-tempo (ex:Lisboa, Rua tal e tal, quando tinha 20 anos 4 meses 13 dias, 5 horas, 33 minutos, etc, etc, etc) em relação ao qual compara as sensações que experimenta em cada momento, então e só então faz sentido dizer "fui", "já não sou", "serei", "nunca vou ser". Mas esse ponto de referência que não é mais que uma recordação é tão ilusório como a recordação de um sonho. Querer agarrarmo-nos a ele como algo sólido e inalterável faz tanto sentido como comparar as experiências do momento presente com as dum sonho. Não aceitar que nada é fixo e que tudo está em constante mudança vai trazer tanta frustração como querer voar só porque experimentámos a sensação num sonho. Aceitar a fluidez e não fazer comparações com referências para tentar determinar o que se "é" torna a vida muito mais fácil e menos susceptível de experimentar insatisfação, de sentir a falta de amor pelo agora porque desilude quando comparado com o que foi ou com o que pode vir a ser.
Acho que devia ter aprendido mais com um livro que me foi oferecido :)
Sr. Anónimo, tornas tudo muito simples...
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