A minha mãe ia levar-me ao autocarro e ficava sempre com as lágrimas nos olhos.
Acho que nessa altura eu não entendia bem porquê.
Depois percebi que custa mais ver partir. É duro ficar.
Naquele dia acenei adeus ao meu pai depois de ele entrar no carro e sair devagar da minha rua em Benfica.
Costumava ser ele a ver-me partir.
Daquela vez fui eu. E foi a última vez.
Não quero mais acenar um adeus.
Não quero mais estar numa estação e ver um comboio a partir.
Não quero mais fechar a porta de manhã e ver-te sair.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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