Hoje não saiu do trabalho com o passo apressado.
Andou calmamente e olhou para o céu azul e a luz bonita que invadia Lisboa.
Continuou a andar devagar enquanto fumava um cigarro e nem se importou de perder o metro que tinha acabado de arrancar.
Queria estar mesmo assim a aproveitar o facto de estar sozinha e ficar consigo mesma.
Pensou no mail que tinha enviado há umas semanas para uma das pessoas que mais ama em que lhe enviava uma música alegre.
Pensou na resposta dessa pessoa que lhe disse que não queria músicas para a animar e que não valia a pena esconder o sol com a peneira ou enterrar a cabeça na areia.
Depois pensou que outra pessoa de quem gosta muito, escreveu que fica triste quando pensa em todos os dias que esteve triste.
Pensou ainda noutra pessoa de quem gosta muito e que ontem lhe aqueceu a alma.
Sim, andava triste porque cometeu mais um erro e custa admitir que voltou a cometer o mesmo erro.
Caiu depois de ter levantado voo e ter voado alto demais.
Mas sabia que esta tristeza que sentia e que lhe deixava os olhos tristes e molhados era desnecessária e inútil. Restava apenas aprender desta vez.
Tem uma certeza. Gosta de viver.
Espera, mas espera mesmo não voltar a esquecer-se desta lição.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
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2 comentários:
Também eu hoje não resisti a uma volta maior no regresso a casa. Adiando a entrada no (sombrio) metro... prolongado(-me n)o calor do sol.
Sabe muito bem sentir o sol e ver a luminosidade de Lisboa em dias assim.
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