quarta-feira, 30 de junho de 2010
É um jogo I
No mundial a Espanha eliminou Portugal. Em forma de vingança não vendemos a Vivo aos espanhois.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Oub'lá que tás a fazer? Quero é que te vás foder I
Desperdício de tempo é aquele em que eu tenho de lidar com energúmenos.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Ventos animais III
Com a lua cheia, os lobos começam a uivar.
Chegam todos ao mesmo tempo esfomeados.
Precisam de carne para se saciar.
Tentam encontrar a presa mais fácil, a mais fraca.
Ela apercebe-se das suas sombras.
Sente-se insegura e tenta fugir.
Os lobos astutos vêem o seu olhar húmido e transparente.
Salivam e imaginam o seu belo manjar.
Ela esconde-se mas um deles aproxima-se devagar.
Rodeia-a e diz-lhe que ela vai gostar.
Passa-lhe a língua no pêlo.
Ela acredita e encosta-se a ele.
Ele dá-lhe umas dentadas meigas no pescoço.
Ela geme e lambe-o entusiasmada.
Ele abre mais a boca e crava-lhe os dentes no corpo.
O sangue começa a jorrar.
Ela tenta fugir mas ele agarra-a.
Arranca-lhe pedaços de carne.
Forma-se uma poça de sangue cada vez maior.
Ela perde a força. Ele delicia-se.
Come mais alguma carne e deixa uns restos para quem passar.
Chegam todos ao mesmo tempo esfomeados.
Precisam de carne para se saciar.
Tentam encontrar a presa mais fácil, a mais fraca.
Ela apercebe-se das suas sombras.
Sente-se insegura e tenta fugir.
Os lobos astutos vêem o seu olhar húmido e transparente.
Salivam e imaginam o seu belo manjar.
Ela esconde-se mas um deles aproxima-se devagar.
Rodeia-a e diz-lhe que ela vai gostar.
Passa-lhe a língua no pêlo.
Ela acredita e encosta-se a ele.
Ele dá-lhe umas dentadas meigas no pescoço.
Ela geme e lambe-o entusiasmada.
Ele abre mais a boca e crava-lhe os dentes no corpo.
O sangue começa a jorrar.
Ela tenta fugir mas ele agarra-a.
Arranca-lhe pedaços de carne.
Forma-se uma poça de sangue cada vez maior.
Ela perde a força. Ele delicia-se.
Come mais alguma carne e deixa uns restos para quem passar.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Little faith
Hoje guardei o segundo bilhete para outro festival de verão. Daqui a uns dias espero guardar um terceiro.
Acho que é do terceiro que tenho mais receio. Já faltei uma vez e fiquei triste durante vários dias. Também penso que será um dos mais perigosos e cheio de emoções.
Estão guardados na gaveta da minha lingerie. Não sei porquê mas penso que é um sítio seguro e que não vou esquecer-me.
Vou aguardar e ter fé para que possa estar presente.
Acho que é do terceiro que tenho mais receio. Já faltei uma vez e fiquei triste durante vários dias. Também penso que será um dos mais perigosos e cheio de emoções.
Estão guardados na gaveta da minha lingerie. Não sei porquê mas penso que é um sítio seguro e que não vou esquecer-me.
Vou aguardar e ter fé para que possa estar presente.
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Running to stand still
Ele é um homem livre que tem três amantes.
Elas são mulheres livres e cada uma delas tem três amantes.
Eles são homens livres e cada um tem três amantes.
Dizem que conseguem gostar das três amantes de formas diferentes.
Não amam, mas gostam muito.
Desejam-se e saciam-se consoante as vontades e disponibilidades.
Dizem que não há vida melhor que esta.
Eles e elas vivem sozinhos.
Encontram-se, matam o desejo e no máximo dormem juntos umas horas.
Não dormem. Apenas ficam abraçados. Porque já não conseguem dormir com outra pessoa ao lado.
Dizem que adoram dormir sozinhos e ter o outro lado da cama vazio.
No dia seguinte acordam e dizem que foi bom.
Esta é a única vida possível para eles e elas.
Homens e mulheres, sempre, sempre sós.
Elas são mulheres livres e cada uma delas tem três amantes.
Eles são homens livres e cada um tem três amantes.
Dizem que conseguem gostar das três amantes de formas diferentes.
Não amam, mas gostam muito.
Desejam-se e saciam-se consoante as vontades e disponibilidades.
Dizem que não há vida melhor que esta.
Eles e elas vivem sozinhos.
Encontram-se, matam o desejo e no máximo dormem juntos umas horas.
Não dormem. Apenas ficam abraçados. Porque já não conseguem dormir com outra pessoa ao lado.
Dizem que adoram dormir sozinhos e ter o outro lado da cama vazio.
No dia seguinte acordam e dizem que foi bom.
Esta é a única vida possível para eles e elas.
Homens e mulheres, sempre, sempre sós.
domingo, 20 de junho de 2010
Afraid of everyone
Já não consigo sair desta prisão.
Gostava de te pedir para ficares.
Mas não consigo e tu não podes.
Não consigo aceitar.
Não sou capaz de te dizer o que sinto.
As palavras ficam presas dentro de mim.
O que quero é tanto.
Guardo as imagens de ti e de ti e de ti.
O desejo é saciado mas o querer é maior.
Depois volta o desejo e volto a ti.
Separamo-nos sempre.
Fecho os olhos para não te ver sair.
Sais devagar para eu não acordar.
Mas a dor que está cá dentro.
Desperta outra vez.
Essa não a consegues tirar.
Gostava de te pedir para ficares.
Mas não consigo e tu não podes.
Não consigo aceitar.
Não sou capaz de te dizer o que sinto.
As palavras ficam presas dentro de mim.
O que quero é tanto.
Guardo as imagens de ti e de ti e de ti.
O desejo é saciado mas o querer é maior.
Depois volta o desejo e volto a ti.
Separamo-nos sempre.
Fecho os olhos para não te ver sair.
Sais devagar para eu não acordar.
Mas a dor que está cá dentro.
Desperta outra vez.
Essa não a consegues tirar.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
The tide that left and never come back
Sente-se aborrecido e entediado.
Quase sempre nota-se a tristeza e o aborrecimento no seu olhar.
Acha que agora já nada pode fazer.
Com o passar dos anos, parece que se torna cada vez tarde demais.
Olha para muitas pessoas à sua volta e não sente nada.
Por vezes preferia nem ouvir as vozes delas que só lhe provocam ruído.
Ninguém o surpreende.
Não sente vontade de se aproximar de alguém.
Não se sente superior a ninguém.
Acima de tudo não tem nada de interessante para dizer.
Fala pouco. Passa muito tempo sozinho e entregue ao silêncio.
A música salva-o muitas vezes e leva-o por lugares que ele gostava de conhecer.
É a música que lhe dá força para continuar.
Principalmente aquelas musicas calmas que vão crescendo, crescendo.
Aí volta a ser aquele que já foi um dia.
Quase sempre nota-se a tristeza e o aborrecimento no seu olhar.
Acha que agora já nada pode fazer.
Com o passar dos anos, parece que se torna cada vez tarde demais.
Olha para muitas pessoas à sua volta e não sente nada.
Por vezes preferia nem ouvir as vozes delas que só lhe provocam ruído.
Ninguém o surpreende.
Não sente vontade de se aproximar de alguém.
Não se sente superior a ninguém.
Acima de tudo não tem nada de interessante para dizer.
Fala pouco. Passa muito tempo sozinho e entregue ao silêncio.
A música salva-o muitas vezes e leva-o por lugares que ele gostava de conhecer.
É a música que lhe dá força para continuar.
Principalmente aquelas musicas calmas que vão crescendo, crescendo.
Aí volta a ser aquele que já foi um dia.
domingo, 13 de junho de 2010
Available
Inventei-te do princípio ao fim.
Ceguei-me sem perceber.
Tudo o que eu vi foi perfeito.
Depois de te ter criado mais tarde percebi
Decidi matar-te dentro de mim.
O que senti foi uma mentira.
Fiquei triste por saber que não vivi.
Sei que não vou voltar a ver-te.
Porque afinal tu não existes.
E agora sinto-me viva sem ti.
Ceguei-me sem perceber.
Tudo o que eu vi foi perfeito.
Depois de te ter criado mais tarde percebi
Decidi matar-te dentro de mim.
O que senti foi uma mentira.
Fiquei triste por saber que não vivi.
Sei que não vou voltar a ver-te.
Porque afinal tu não existes.
E agora sinto-me viva sem ti.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
She´s lost control
Sentiu que tinha chegado a um limite depois de vários dias exigentes de pressão e stress.
A sua cabeça parecia rebentar e já não conseguia olhar para o monitor.
Naquele dia enquanto trabalhava já só conseguia ouvir musica muito calma que não lhe despertasse qualquer emoção que fosse perigosa.
Tinha receio de todos os sintomas que observava em si própria. Apeteceu-lhe fugir dali e gritar que esta não era a vida que realmente queria.
Foi fumar um cigarro no espaço dedicado aos fumadores. Sentou-se.
Olhou para um rapaz à sua frente que parecia stressado. Andava de um lado para o outro. Notava-se que estava pensativo e com um alto nível de stress. Viu que ele fumou um cigarro em poucos segundos e logo depois de expelir o fumo deitava a língua de fora.
Depois passou pela rapariga segurança dentro de uma casinha minúscula. Era ali que passava várias horas seguidas. Viu-a bocejar muito e pensou se ela não sentiria falta de ar ali.
Parece que foram estas as vidas que nós escolhemos. Só nos resta não enlouquecer.
A sua cabeça parecia rebentar e já não conseguia olhar para o monitor.
Naquele dia enquanto trabalhava já só conseguia ouvir musica muito calma que não lhe despertasse qualquer emoção que fosse perigosa.
Tinha receio de todos os sintomas que observava em si própria. Apeteceu-lhe fugir dali e gritar que esta não era a vida que realmente queria.
Foi fumar um cigarro no espaço dedicado aos fumadores. Sentou-se.
Olhou para um rapaz à sua frente que parecia stressado. Andava de um lado para o outro. Notava-se que estava pensativo e com um alto nível de stress. Viu que ele fumou um cigarro em poucos segundos e logo depois de expelir o fumo deitava a língua de fora.
Depois passou pela rapariga segurança dentro de uma casinha minúscula. Era ali que passava várias horas seguidas. Viu-a bocejar muito e pensou se ela não sentiria falta de ar ali.
Parece que foram estas as vidas que nós escolhemos. Só nos resta não enlouquecer.
domingo, 6 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Walking in my shoes
- Achas este ambiente decadente?
- Não. Mas talvez seja uma ilusão.
- E achas aquela gaja decadente?
- Não. Acho que ela está a divertir-se. Dizes isso pela idade dela? O que tem a idade? Achas que ela não tem os mesmos direitos de poder estar aqui só porque já não tem vinte ou trinta anos?
- Claro que tem direito. Mas acho que ela está a arrastar-se. Parece-me que ela está a fazer um esforço para se manter de pé, quando a vontade dela seria sentar-se. Nem tu nem eu podemos imaginar como ela se sente agora e como se vai sentir quando sair daqui.
- Eu acho que neste momento ela sente-se muito mais nova. Sente-se bem.
- E o que pensará dos que estão a olhar para ela?
- Deve pensar que eles gostariam de se divertir assim quando tivessem a idade dela.
- Não sei. Podem pensar que ela devia estar em casa, ter uma família, que a juventude dela já acabou e que ela está a fazer uma triste figura.
- Estás a dizer que tens pena dela?
- Não. Eu acho que ela deve ser uma pessoa bonita. Só estou com receio.
- Receio de quê?
- Estou com receio que ela se sinta só. E acho que ela devia sentar-se só um bocadinho.
- Não. Mas talvez seja uma ilusão.
- E achas aquela gaja decadente?
- Não. Acho que ela está a divertir-se. Dizes isso pela idade dela? O que tem a idade? Achas que ela não tem os mesmos direitos de poder estar aqui só porque já não tem vinte ou trinta anos?
- Claro que tem direito. Mas acho que ela está a arrastar-se. Parece-me que ela está a fazer um esforço para se manter de pé, quando a vontade dela seria sentar-se. Nem tu nem eu podemos imaginar como ela se sente agora e como se vai sentir quando sair daqui.
- Eu acho que neste momento ela sente-se muito mais nova. Sente-se bem.
- E o que pensará dos que estão a olhar para ela?
- Deve pensar que eles gostariam de se divertir assim quando tivessem a idade dela.
- Não sei. Podem pensar que ela devia estar em casa, ter uma família, que a juventude dela já acabou e que ela está a fazer uma triste figura.
- Estás a dizer que tens pena dela?
- Não. Eu acho que ela deve ser uma pessoa bonita. Só estou com receio.
- Receio de quê?
- Estou com receio que ela se sinta só. E acho que ela devia sentar-se só um bocadinho.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Innocence
Perdeu toda a sua inocência quando percebeu que o sonho tinha acabado.
Depois ficou muito cansada.
Parecia que o sonho lhe tinha sugado toda a sua energia.
Por isso preferia viver em vez de inventar.
Depois ficou muito cansada.
Parecia que o sonho lhe tinha sugado toda a sua energia.
Por isso preferia viver em vez de inventar.
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