segunda-feira, 9 de julho de 2012

All i can give III


A minha mente andou a divagar com mil pensamentos.
O ruido à minha volta e dentro de mim foi ensurdecedor.
O meu computador desligou-se sucessivamente.
As palavras escritas encadeavam-se umas nas outras, umas com encanto, outras com mágoa e desespero.
A ansiedade crescia com a ausência e a distância.
A música era grave e castigadora mas era mesmo a que me apetecia ouvir.
O sonho e a minha verdade que me comandam e me dizem o que quero.
A decisão que magoa mas liberta em forma de grito para o universo.
Dois parêntesis que me abraçam.
Um coração que eu quero dar.
Palavras, tantas palavras.
O comboio cheio de rostos e olhos que me leva ao fim da tarde.
Caminhei e tropecei três vezes sem nunca me estatelar no chão.
A musica que começou a tocar quando liguei o carro.
Olhei para o número da faixa e vi que era a número oito.
Lembrei-me que o AP disse que a faixa número oito é sempre a melhor.
A paz, a nossa paz que talvez um dia chegue.
O amor que ultrapassa as palavras e permanece fechado.
A noite que me acalma e me acolhe sempre nos seus braços abertos e me aconchega no silêncio.
Entro nela, esvazio a mente e perco o medo.
Então fico leve e o meu sonho torna-se cada vez mais real.

4 comentários:

Pedro disse...

tão belo

Tindergirl disse...

o essencial é invisivel...

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro disse...

Eu amaria o barulho do vento nos campos de trigo...