- O que se passa contigo? O que tens?
- Não tenho nada. Já te disse que preciso do meu espaço. Não comeces com macaquinhos na cabeça só porque não te liguei ou porque não disse hoje que te amo.
- Não é preciso que me digas todos os dias. Só deves dizê-lo quando realmente sentes vontade.
- Mas se não digo, ficas logo a pensar que me estou a afastar de ti.
- Não é isso. É que nós estamos juntos, fazemos amor e no dia seguinte afastas-te sempre. Ficas mais frio e assustas-me. Porquê?
- Não fico mais frio. Mas também preciso de tempo só para mim.
- Se calhar como deste muito no dia anterior, a seguir não consegues dar mais de ti. Eu consigo dar todos os dias sem ficar esgotada.
- Tu exiges muito de mim. E eu dou-te tudo e tu nem dás por isso. E qualquer dia posso cansar-me disto.
- O quê? Isso é uma ameaça?
- É só um aviso, para teres cuidado. Vou-me embora.
- E não me dás um beijo?
- Não. Não gosto de despedidas.
- Eu quero um beijo.
- Não tenho vontade. Sabes que eu só faço o que me apetece.
- Lá estás tu… Achas que isto é amar?
- Sim, é. O problema é que tu não me aceitas como eu sou.
- Eu tenho tentado mas és uma pessoa difícil.
- Por hoje já chega. Estou cansado. Porque é que fazes tantas perguntas? Já pensaste que em vez de estarmos a discutir podíamos ter feito coisas mais agradáveis?
- Não me venhas com histórias. Nem te apetecia.
- Claro que apetecia. Apetece-me sempre.
- A solução para ti seria nunca dialogarmos não é?
- Não era má ideia…
- Ai é? Isso não é amor.
- Não acredito. Outra vez?
terça-feira, 20 de março de 2007
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1 comentário:
Déjà vú...
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